Cronologia de Ernani Satyro

1911 – Nasce a 11 de setembro, na cidade de Patos, Estado da Paraíba, filho de Miguel Satyro e Sousa e Capitulina Ayres Satyro e Sousa.

1915 – Ano da campanha epitacista, em que o futuro Presidente da República retoma a chefia política do Estado.
“Dessa campanha datam as minhas primeiras recordações da infância”, diria, adulto, Ernani Satyro.

1916 – Inicia os estudos primários em sua cidade natal, durante os quais é aluno, entre outros, dos professores Alfredo Lustosa Cabral, Maria Nunes, Renato de Alencar, Severino Correia de Oliveira e de Rafael Correia de Oliveira, que será, anos depois, seu colega na Câmara dos Deputados.

1924 – No dia 19 de março, parte para João Pessoa, em companhia do pai, a fim de estudar, como interno, no Colégio Diocesano Pio X.

1927 – Matricula-se no Liceu Paraibano, onde faz os chamados estudos preparatórios.

1929 – Em nome dos alunos do Liceu Paraibano, saúda, em 30 de outubro, uma caravana de universitários da Aliança Liberal, que percorre o país, em campanha política.

Formatura

1930 – Ingressa na Faculdade de Direito do Recife.
– Publica, pela primeira vez, um artigo no jornal A UNIÃO, intitulado Juarez Távora.

1932 – Inicia-se no jornalismo, atuando na redação do DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Conclui o curso de Bacharelado em Direito, colando grau em 7 de dezembro de 1933.

1933 – É eleito Presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito do Recife, tomando posse em 23 de maio.
– Conclui o curso de Bacharelado em Direito, colando grau em 7 de dezembro.

1934 – Em 21 de junho, morre Miguel Satyro e Sousa, seu pai.
– Elege-se Deputado à Assembléia Constituinte Estadual, no pleito de 14 de outubro pela legenda do Partido Libertador.

1935 – Instalação, em 24 de janeiro, da Assembléia Constituinte Estadual.
– Promulgação, em 12 de maio, da Constituição do Estado da Paraíba.
– Casa-se, em 27 de julho, com D. Antonieta Agra Cavalcanti, da sociedade campinense, filha de Horácio de S. Cavalcante e Sidrônia Agra Cavalcante.
– Instalação, em 1º de outubro, da Assembléia Legislativa, na qual se transformou a

Antonieta Agra Cavalcanti

Assembléia Constituinte Estadual, com a promulgação da Constituição do Estado.

1936 – Através de carta dirigida ao deputado Antônio Botto de Menezes, desliga-se do Partido Libertador, pelo qual fora eleito deputado à Assembléia Constituinte Estadual.
– No dia 30 de setembro, sofre um atentado a bala, em uma das ruas da cidade de Patos.

1937 – Em 10 de novembro, com o golpe do Estado Novo, é dissolvida a Assembléia Legislativa.
– Com a perda do mandato parlamentar, dedica-se ao exercício da advocacia.

1939 – É nomeado Chefe de Polícia, tomando posse em 1º de julho.

1940 – É nomeado Prefeito de João Pessoa, tomando posse em 10 de julho e exonerando-se em 29 do mesmo mês, com a queda do Interventor Argemiro de Figueiredo.
– Com a exoneração do cargo de Prefeito de João Pessoa e desligamento das hostes governistas, retorna ao exercício da advocacia, mantendo movimentada banca com atuação em todo o interior do Estado, notadamente nas Comarcas de Campina Grande e Patos.

1943 – Publica a plaqueta intitulada “O novo conceito da legítima defesa”.

1945 – A 2 de dezembro, elege-se Deputado à Assembléia Nacional Constituinte, pela legenda da União Democrática Nacional, quando obteve 6.759 sufrágios.

1946 – Promulgação, em 18 de setembro, da Constituição da República.
– Com a promulgação da Constituição, a Assembléia Nacional Constituinte transforma-se no Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.

1950 – A 3 de outubro, elege-se, pela segunda vez. Deputado Federal pela Paraíba, obtendo 12.365 sufrágios.
– Inicia intensa atividade literária, publicando numerosos ensaios em suplementos literários de jornais cariocas, notadamente, TRIBUNA DA IMPRENSA, DIÁRIO DE NOTÍCIAS, DIÁRIO CARIOCA e JORNAL DE LETRAS.

1954 – A 3 de outubro elege-se, pela terceira vez, Deputado Federal, com 13.010 votos.
– A Livraria José Olympio publica seu primeiro romance, O Quadro Negro.

"O Quadro-Negro", seu primeiro romance

1958 – Uma comissão de repórteres políticos, integrada, entre outros, pelos jornalistas Carlos Castelo Branco, Villas Boas Correia, Murilo Melo Filho, Raimundo Sousa Dantas, Ormeu Fontenelle, Ascendino Leite, aponta seu nome entre os 21 melhores deputados federais da legislatura em andamento, ao lado de parlamentares como Adauto Cardoso. Carlos Lacerda, Afonso Arinos, Bilac Pinto, Gustavo Capanema, Milton Campos, Raul Pilla, Aliomar Baleeiro, Otávio Mangabeira. Prado Kelly, João Agripino, Gabriel Passos, Vieira de Melo e outros.
– Elege-se, a 3 de outubro, pela quarta vez, Deputado Federal.
– A Livraria José Olympio publica seu segundo romance, Mariana.

1961 – Elege-se Secretário-Geral da União Democrática Nacional (UDN), na Convenção Nacional do Partido, realizada em Recife, na qual é escolhido Presidente da agremiação o Deputado Herbert Levy.

1962 – Elege-se, pela quinta vez, a 3 de outubro, Deputado Federal, obtendo 9.899 sufrágios.

1963 – Assume, em 3 de agosto, a cadeira de número 32, da Academia Paraibana de Letras, que tem como patrono Carlos Dias Fernandes, sendo saudado pelo Acadêmico Ivan Bichara Sobreira.
– Morre, a 17 de outubro, D. Capitulina Ayres Satyro e Sousa, sua genitora.

1964 – É escolhido presidente do Bloco Parlamentar Revolucionário, criado com o objetivo de dar sustentação parlamentar ao Governo Castelo Branco.
Viagem à índia, Líbano e Síria

Viagem à índia, Líbano e Síria

1965 – Elege-se Presidente da União Democrática Nacional (UDN), na Convenção Nacional do Partido, realizada em abril, em Niterói.
– Viagem à índia, Líbano e Síria, integrando delegação parlamentar, chefiada pelo Senador Nogueira da Gama.

1966 – Elege-se, a 3 de outubro, Deputado Federal, pela sexta vez, com 18.124 votos.

1967 – Assume o cargo de Líder do Governo Costa e Silva, na Câmara dos Deputados.

1968 – É nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar, por ato do Presidente Costa e Silva.

1969 – Assume, em 9 de maio, o cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar, ocasião em que é saudado por seu conterrâneo, Ministro Alcides Carneiro.
– Aposenta-se do cargo de Ministro do STM, visando à sua candidatura ao Governo do Estado da Paraíba.

1970 – É eleito, pela Assembléia Legislativa da Paraíba, Governador do Estado.

1971 – A 15 de março assume o cargo de Governador do Estado da Paraíba.
– Em 4 de novembro toma posse no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP).

1975 – A 15 de março deixa o cargo de Governador do Estado da Paraíba, transmitindo-o a Ivan Bichara Sobreira.

1978 – A 15 de novembro elege-se, pela sétima vez, Deputado Federal com 28.959 votos.

1979 – Toma posse na Academia de Letras de Campina Grande, ocupando a cadeira que tem como patrono Manuel Tavares Cavalcanti.

1982 – A 15 de novembro obtém, pela oitava vez, o mandato de Deputado Federal, com 51.435 sufrágios.

1984 – É homenageado pela Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, pela Academia Paraibana de Letras, pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e por outras instituições paraibanas, em decorrência da passagem de seus
cinqüenta anos de vida pública.

Bodas de Ouro com D. Antonieta Satyro

1985 – Festeja, em Brasília, as suas Bodas de Ouro com D. Antonieta Satyro, cercados de parentes e amigos.

1986 – Falece, em Brasília, na madrugada de 8 de maio, sendo sepultado às 18 horas do mesmo dia, na Capital da República.

1987 – É homenageado em sessão especial da Câmara dos Deputados, falando na ocasião os Deputados Ulysses Guimarães, Evaldo Gonçalves, Adhemar de Barros Filho, Adolfo Oliveira, Heráclito Fortes, Edvaldo Motta e Adauto Pereira.

1988 – O Governo do Estado, através da Lei número 5.048, de 11 de junho, institui a Fundação Ernani Satyro, com o objetivo de cultuar a memória do Ex-Governador e dinamizar a vida cultural do sertão paraibano.

1992 – A Fundação Ernani Satyro dá início à publicação das Obras Completas de Ernani Satyro, cujo plano inicial prevê a publicação de 37 volumes.

1993 – Em 8 de maio, seus restos mortais são trasladados de Brasília para Patos, onde repousarão para sempre, no mausoléu construído na Fundação Ernani Satyro.